terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Revolta das bolsas

Fico piúrsa, agora mais que nunca, com todos aqueles que não necessitando fazem a questão de se agarrarem a bolsas/subsídios.
Parece que não sabem que ao fazê-lo estão a tirar esse apoio a quem REALMENTE necessita.
Esta minha revolta, que me faz ficar nervosa toda a vez que se fala no assunto, sucumbiu no dia em que vi colegas verem um dos seus objectivos de vida, fugirem-lhes da mão: Tirarem um curso superiror.
Isto porquê ?! porque devido ao facto de estarmos em crise, os nossos politícos aproveitaram para fazer um corte nas bolsas estudantis. E o que sucudeu ? Jovens com vontade de se instrucionarem a voltar para casa pois não tiveram direito à bolsa , de modo que não têm capacidade monetéria para pagar os seus estudos, mesmo trabalhando em part-time.
O mais revoltante de tudo ? existerem alminhas, que fazendo algumas falcatruas lá vão adiquirindo a bolsa, quando têm capacidade monetária para pagar todas as suas despesas estundantis. Têm direito a bolsa e usam das mais caras marcas, têm viatura própria, nem sequer trabalham, vão de férias para todo o lado, e a todos os concertos de bandas internacionais que gostam. Enquanto isso, aqueles que lutam pelo seu sonho vêm as bolsas deferidas.
O que chamam a isto ? UMA VERGONHA E INJUSTIÇA! Tenham vergonha na cara e tomem consciência do que estão a fazer, os sonhos que estão a destruir, só para ter mais um dinheirito no fim do mês.
Exemplo pessoal: cá em casa, de momento, estão-se a pagar simultamente duas propinas. NINGUÉM pediu bolsa. Porquê ? porque se faz um sacrifíco, poupa-se aqui e ali, gerem-se as contas e o dinheiro ao fim do mês chega perfeitamente para as duas. Não se compram roupas de marcas caras, nem se fazem viagens dispendiosas. Assim , estamos a dar hipótese àqueles que de facto precisam da bolsa, e esta é o unico e ultimo recurso delas.
Parabéns pessoas idiotas, parabéns país de injustiça, parabéns politícos oportunistas. Depois admirem-se de verem tantos jovens a emigrar ;)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Meu pequeno Rafael



Um dos erros mais fatais da nossa convivência com as crianças é o de julgarmos que apenas elas aprendem connosco. O oposto também acontece.
O Rafael mostrou-me como se constrói a confiança entre duas pessoas, através de pequenos gestos do quotidiano. Alertou-me que não se devem esmagar bichos como formigas, pois estes também têm direito a viver.
Fez-me tomar atitudes que esqueci há muito, como partilhar a comida do mesmo prato.
Aprendi a controlar as birras deste menino temperamental e ensinei-lhe que o choro em nada o ajudará para que consiga o que pretende.
O petiz que me faz ficar comovida, quando corre para mim , todos os dias, para me abraçar( atitude que não toma com mais ninguém).
O Rafael é um ser sincero, que demonstra os seus verdadeiros sentimentos, algo que nós deixamos de fazer há muito.
É de salientar que esta criança perspicaz é também rebelde e por vezes faz marotices que nos deixam à beira dos nervos, consequência do perigo em que ele se expõe.
Em conlusão devo dizer que jamais esquecerei os laços que criei com esta criança, que evoca o meu nome como se de uma piada se tratasse,e tudo o que ele me ensinou. Esta criança marcou-me como antes nunca outra o fizera.